Todos juntos

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sexta-feira, 30 de junho de 2017

PRATICA EDUCATIVA COM JOGOS LÚDICOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS


FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA-FAEL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II




PRATICA EDUCATIVA COM JOGOS LÚDICOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS

Paulo César Nogueira[1]
Profa. Veridiana Almeida[2]



 Aluno do 4º ano de Pedagogia da FAEL.
[2] Doutora em Literatura (UFSC), mestre em Literatura (UFSC) e graduada em Letras (UNICENTRO). Professora da FAEL, níveis graduação e pós-graduação, modalidades presencial e a distância.

RESUMO
 Este trabalho trata sobre Os jogos lúdicos e brincadeiras na educação infantil. Os jogos são de fundamental importância para uma educação com qualidade em todo o período escolar das crianças, adolescentes, jovens e porque não dizer também dos adultos, não levando em consideração a idade ou serie em que estuda, juntando os jogos lúdicos e brincadeiras pode se desenvolver uma aula com qualidade, te grande aproveitamento, pois essas ferramentas são indispensáveis dentro e fora da sala de aula. A criança sempre brincou, e a brincadeira sempre fez parte da vida dos pequenos, independentemente das regiões, lugares, povos ou cultura, a brincadeira e os jogos sempre estiveram presentes, os jogos também estimulam o crescimento e a aprendizagem e ajuda na relação entre duas ou mais pessoas, pois é jogando que se aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial, jogar e plenamente viver, viver com qualidade, aprender com prazer, descobrir o mundo através do jogo, do brincar. Aprender jogando e brincando e fazer de um simples momento coisas lindas e belas para a vida.  
PALAVRAS-CHAVE: Pratica educativa com jogos, brincadeiras, tipos de jogos, exercícios.

1.    INTRODUÇÃO
Pratica educativa com jogos lúdicos para crianças, é um meio de ensino que mesmo nos dias atuais traz muitas indagações e nos leva a pensar de várias formas, essas práticas podem auxiliar, colaborar e fazer parte dos planos de aulas dos professores. Os Jogos, as brincadeiras, as músicas infantis ou de rodas, os desenhos juntos com a ludicidade leva as crianças a outra dimensão, dimensão essa que somente mergulhando nesse mundo tão fantástico para perceber a importância que essa pratica de ensino traz para as nossas crianças de todas as idades, sem exceção e até mesmo para os adultos. Os jogos para a criança é o exercício, é a preparação para a vida adulta, a criança aprende brincando, pois é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades, coisas que eles vão vivenciar hoje e levar para a vida adulta, como exemplo.
Para LOPES, Maria da Gloria (2000, p. 35). Os educadores se ocuparam durante muitos anos com os métodos de ensino, e hoje a preocupação está sendo em descobrir como a criança aprende e se os métodos que utilizamos são realmente eficazes, pois as metodologias podem ser ineficazes se não forem adequadas ao modo de aprender da criança. A criança sempre brincou a brincadeira sempre esteve presente na vida dos pequenos desde muito sedo, independente da civilização ou época o modo de brinca sempre estar presente na vida do ser humano, é uma coisa natural, porque não utilizar o brincar para se educar? Se quando eles estão brincando eles estão aprendendo, então temos a possibilidade de melhorar esse conhecimento, deixando mais atrativo e mais prazeroso, chamando a atenção dos pequenos para atividades que possa envolvê-los no brincar, jogar e no conhecimento de forma lúdica.
Pratica educativa com jogos é um meio pelo qual o educador vem trabalhando e moldando seus conhecimentos para um melhor desenvolvimento dessa técnica, que de forma surpreendente vem cada vez mais ganhando espaço no ambiente escolar, pois já são conhecidos muitos benefícios de certos jogos. Porém é importante que o educador, ao utilizar um jogo, tenha definido os objetivos a ser alcançados e saiba escolher os jogos adequados ao momento educativo. Para que de certa forma, esses jogos possam ter um real sentido para a criança, que não se torne somente mais um momento qualquer, mais que seja tudo bem planejado, estudado para que o educando venha aprender brincando. Às vezes os jogos apresentados para a criança venha já ser conhecido pelos mesmos, principalmente na idade entre as 4 e 6 anos, só que a diferença vai estar na dinâmica, no que estar envolvido esse jogo, qual a sua finalidade.

1.    A CRIANÇA DE 06 ANOS E OS JOGOS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO.

“Com objetivos claros, cada atividade de preparação e confecção de um jogo é um trabalho rico que pode integrar as diferentes áreas do desenvolvimento infantil dentro de um processo vivencial” (LOPES, Maria da Gloria 2000, p. 36)
Com isso as atividades sempre vão ter um norte, um rumo a ser seguido, um público alvo a ser alcançado principalmente quando se tem a oportunidade de fazer a confecção desses jogos com os próprios jogadores, isso traz para o jogo uma riqueza de detalhes muito importante, com muito mais aprendizados, pois eles vão estar fazendo todo o acompanhamento e sabendo desde os materiais que estão sendo usados, as formas para cada brinquedo, até mesmo a história de cada um, se no caso for mais de um brinquedo que estar sendo confeccionado no momento da aula. Uma aula dessa natureza é algo que os pequenos vão lembrar para sempre, principalmente sendo com um público com idade de 6 anos, pois é uma idade de muita observação em tudo, em cada detalhe. Vivemos em uma sociedade em que atualmente os pais já levam para os seus filhos brinquedos prontos, no qual a criança nunca vai saber como aquele brinquedo que ela tem foi feito, muitas vezes não se tem nem a informação de qual material foi usado para a sua fabricação, como no caso dos brinquedos eletrônicos, que muitos as vezes não trazem nem um tipo de conhecimento que possa contribuir para o desenvolvimento da criança.
Ainda conforme falar LOPES, Maria da Gloria (2000, p. 37) A oferta de brinquedos eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos a disposição no mercado desmerecem o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo consumo exacerbado. Isso leva a criança logo sedo a se desfazer de seus brinquedos, depois de um período esse brinquedo perde o sentido para a criança, fazendo com que ela vá sempre atrás de novos, assim cumprindo o objetivo do mercado do consumismo. Mais quando esse brinquedo e fruto do seu esforço, ele desenvolve o potencial da criança e faz ela sempre ir mais além com a sua imaginação fértil e inovadora, provando para ela mesma de que sempre e capaz. A criança quando estar na idade entre 4 e 6 anos sempre gosta de desafios, o momento da confecção do seu jogo é um momento magico, em que a gente ver nos olhos deles o prazer por estar fazendo o seu próprio brinquedo, que eles podem dizer para todos que foi ele mesmo que fez, e o que ele confeccionou hoje, não vai querer fazer amanhã o mesmo, já vai em busca de algo novo, a criança sempre estar em constante desafios, e eles gostam de desafiar a se mesmo, e com a ajudar do professor tudo dar certo.

1.2  A CRIANÇA DE 06 ANOS É O IMAGINÁRIO.
 Para ANTUNES, Celso (2014, p.9). Os jogos estimulam o crescimento e aprendizagem e seriam melhor definidos se afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos. Ainda que esse sujeito seja imaginário, ele faz parte do brincar da criança, pois uma criança mesmo fora do ambiente escolar, dentro de seu quarto ou mesmo em outro lugar nunca vai estar brincando ou jogando sozinho, ela sempre vai estar usando  o seu imaginário, e isso faz parte do seu desenvolvimento, pois uma só criança pode assumir vários papes ao mesmo tempo, ela pode ser uma medica, depois pode ser um professor(a), um motorista e etc. Em uma entrevista a Revista Nova Escola o filósofo francês Gilles Brougère fala sobre o aprendizado do brincar, e destaca o faz de conta como uma das principais característica, para ele, a primeira característica é a que se refere ao faz de conta. É o que ele chama de segundo grau. Toda brincadeira começa com uma referência a algo que existe de verdade. Depois, essa realidade é transformada para ganhar outro significado. A criança assume um papel num mundo alternativo, onde as coisas não são de verdade, pois existe um acordo que diz "não estamos brigando, mas fazendo de conta que estamos lutando”. São vastos os meios pelos quais as crianças encontram para ir sempre além de um simples brincar ou jogar. “Jogos bem organizados ajudam a criança a construir novas descobertas, a desenvolver e enriquecer sua personalidade, e é jogando que se aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial” (ANTUNES, Celso 2014, p. 11) uma boa organização e indispensável para uma compreensão mais clara e objetiva dos jogos, ajuda a criança dando mais clareza, dessa maneira tudo vai fluir de forma mais compreensiva, a vida tem muito a oferecer, a ser descoberto, e porque não viver tudo isso de maneiro prazerosa e dinâmica? Como o próprio Antunes Celso diz: “jogar é plenamente viver”. Viver com qualidades, aprender com prazer, descobrir o mundo através do jogo, do brincar.
A contribuição dos jogos no desenvolvimento das crianças é algo que vai muito além da nossa capacidade de compreender, de formalizar opiniões, sendo que cada ser, por mais pequeno que seja tem uma maneira peculiar de entender a vida e o que estão ao seu redor, a criança que tem sua vida escolar bem desenvolvida sempre vai além, vai em busca de novos jogos. Diante de um jogo, crianças e adolescentes dão o melhor de si, eles planejam, pensam em estratégias, agem, analisam e antecipam o passo do adversário, observam o erro dele, torcem, comemoram, ou lamentam a perda e propõem uma nova partida. Tudo isso faz dele um grande recurso de muito valor, que pode fazer parte das aulas com dois objetivos: ensinar um conteúdo ou simplesmente ensinar a jogar. É isso depende muito de quem vai aplicar o jogo, no caso o professor. Temos que compreender que o jogar e o brincar não é somente uma forma de ocupar o tempo, mas sim uma linguagem que fornece subsídios para a expressão, sendo também um meio de desenvolver habilidades corporais ou cognitivas e de aprender a conhecer, além de propiciar a experimentação de sentimentos, tais como o prazer, a alegria, medo, frustação, entre outros que afloram no ato lúdico.
  
1.3  OS VÁRIOS TIPOS DE JOGOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS.
Os jogos permitem trabalhar diversas aprendizagens, como conciliar interesses com os colegas e enfrentar dificuldades. Um bom jogo leva sempre os seus participantes a se desafiar, dessa forma permitindo a interação entre eles os participantes e mostrar a eles se alcançaram seu objetivo com ou sem a indicação do professor, as vezes o jogo leva a criança a usar o seu potencial de tal forma que o mesmo as vezes dispensar a ajuda do professor ou de outros colegas, é isso acontece que o aluno estar totalmente envolvido com o lúdico e o jogo. LOPES, Maria da Gloria ( 2000, p.23)  falar que .
O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo, e a confecção dos próprios jogos é ainda muito mais emocionante do que apenas jogar. A nossa cultura e repleta de jogos, os jogos fazem parte do nosso país deste muito tempo, e são vários os tipos de jogos que são considerados esportes como é o casso do nosso futebol, e através dessa relação para o futebol Scaglia (2005, p. 121) mostra que:

Se o futebol um dia foi jogado/brincadeira, e alguns jogos/brincadeiras de bola com os pés lembram o futebol, logo querer analisar tal simbiose e complexidade deve justificar-se na cabal inferência de encontrar um no outro, ao mesmo tempo em que possa distingui-lo entre si, entrevendo profícuas características de complementaridade. Quero dizer que o futebol existe nos outros jogos/brincadeiras com bola e outro jogo/brincadeiras existem no futebol, porém, cada qual mantém a sua autonomia e irredutibilidade, ao mesmo tempo em que estabelecem vínculos de dependência mútua (não se excluem).


Já nesse momento podemos ver a importância do jogo para a criança na educação infantil. Pois mesmo o jogo assumindo o status de esporte, nunca deixa de ser um jogo, pois nessa brincadeira de rebater a bola com os pés, pode se encontra o futebol, e que no futebol encontramos a brincadeira jogo de rebater com os pés. Freire (2002, p. 10) já nos alertava que a procura pelo jogo é tão grande como a procura pela comida, dessa forma constituindo uma necessidade básica um alimento, para o autor o tempo de brincar nunca passa. Estamos sempre em busca de novos desafios, dentro do aprender, do jogar isso se torna mais interessante, quem não gosta de brincar, quem não gosta de jogar? Utilizar o jogo como instrumento do ato educativo é oferecer á criança uma forma de aprendizado sem cansaço, uma maneira que eles fazem, e fazem não se verem obrigados a fazer, mais vão fazer e aprender porque eles querem, e isso é importante para uma educação cada vez mais com qualidade.
Sabemos que a fadiga e o cansaço são uns dos vilões do desinteresse pelos estudantes, principalmente quando estão na faixa etária entre 6 e 8 anos de idade, quando isso acontece ai é um bom momento para fazer uma  inovação na metodologia de ensino, utilizando jogos que vão estar chamando a atenção e compreensão de todos.
 É grande a variedade de jogos, que temos a disposição para termos sempre aulas mais dinâmicas, e deixa os alunos sempre com o gostinho de quero mais. Para RIZZI, L; HAYDT,R.C. ( 1993, p. 10) Os jogos podem ser classificados  de diferentes formas, de acordo com o critério adotado . Vários são os autores que se dedicam ao estudo do jogo, tentando explicar sua origem e apresentando uma alternativa de classificação. Entre eles podemos citar: Henri Wallon, Roger Caillois, Claparede, Karl Groos, Grandjouan, Quérat, Stern, Bühler e Jean Piaget.
  Claparede e Groos adotaram como critério classificatório a função, e a dividem os jogos em duas grandes categorias, que comportam várias subdivisões.
1-    Jogos de experimentação ou jogos de funções gerais:
1.1.        Jogos sensoriais (assobios, gritos etc.);
1.2.        Jogos motores (bolas, corridas etc.);
1.3.        Jogos intelectuais (imaginação e curiosidade);
1.4.        Jogos afetivos (amor, sexo);
1.5.        Exercícios da vontade (sustentar uma posição difícil o máximo de tempo possível).
2-    Jogos de funções especiais: jogos de luta, perseguição, cortesia, imitação, os jogos sociais e familiares.
Quérat adota como critério classificatório a origem dos jogos e os divide em três categorias:
1-    Jogos de hereditariedade (sob esta designação o autor inclui as lutas e perseguições).
2-    Jogos de imitação.
3-    Jogos de imitação:
3.1 as metamorfoses de objetos;
3.2 as vivificações de brinquedos;
3.3 as criações de brinquedos imaginários;
3.4 as transformações de personagens;
3.5 a representação de histórias e contos.
Stern adota como critério a descrição estrutural dos jogos e os classifica em duas grandes categorias que incluem subdivisões:
1-    Jogos individuais:
1.1.        Conquista do corpo (jogos motores que utilizam o próprio corpo como instrumento);
1.2.        Conquista das coisas (jogos motores de destruição e construção de objetos);
1.3.        Metamorfose de pessoas e coisas (jogos de interpretação).
2-    Jogos sociais:
2.1. Jogos de imitação simples;
2.2. Jogos de papéis complementares (como, por exemplo, mãe e filho, professor e aluno etc.);
2.3.  Jogos combativos (jogos competitivos, de emulação).
Bühler adota o critério estrutural (o mesmo de Stern) e divide os jogos em cinco classes:
1-    Jogos funcionais ou sensórios-motores.
2-    Jogos de ficção ou de ilusão.
3-    Jogos receptivos (sob esta designação estão incluídas a audição de histórias e a observação de imagens).
4-    Jogos de construção.
5-    Jogos coletivos.
ANTUNES, Celso (2014, p.22). Diz que foi no trabalho imperador de Bühler que também surgiram algumas categorias específicas como: Jogos funcionais para bebês, que estimula a criança na coordenação motora como bater palmas, dar até logo, identificar certos objetos e estimular funções sensoriais. Para o segundo ano de vida do bebe ele propunha os jogos ficcionais onde envolve as histórias e a fantasia, o faz de conta em que as crianças atribui a si ou aos objetos um determinado papel. Os vídeos ou desenhos na TV podem também ajudar a criança para que depois ela venha explorar suas falas e suas histórias e atribuindo aos outros os papéis que vive e sente


2.    OS JOGOS E OS SEUS BENEFÍCIOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS.

Os jogos receptivos, onde o adulto interage com a criança, estimulando a sua fala e as suas reflexões, mostrando lhes também a distância entre o dizer e o falar, o olhar e o ver, o ouvir e o escutar. Quando a criança chega aos três ou quatro anos de idade tem mais destaque os jogos construtivos, brincadeiras com blocos, desenhos, areia ou outros materiais naturais. É uma fase em que pode ser explorada a sensibilidade e as linguagens naturais da criança.  Aparte dos quatro anos chegando até os seis. Gostam muito dos jogos com regras, que vão desde brincadeiras em grupo, como também alguns brinquedos que eles podem explorara princípios éticos e valores morais.
(ANTUNES 2014). Em qualquer idade e em vários tipos de jogos o acompanhamento do professor, pode ajudar a criança em alguma dificuldade e também na sua formação. Podemos destacar alguns:
1-    Na historicidade, em seu vocabulário fazendo os mesmo a compreender os termos de passado, presente e futuro.
2-    Fazendo com que eles desenvolvam o seu pensamento logico, associando quantidade a numeração e evoluindo, e o conceito de muito, pouco, grande, pequeno.
3-    Ampliando sua linguagem, para que eles vão em busca de novas alternativas como frases, cores, figuras, cantos, mímicas, colagens etc. desta forma eles possam expor seus pensamentos.
4-    Fazer com que eles pensem, propondo questões interrogativas para que assim venham a falar de coisas reais é imaginaria e, dessa forma eles podem tem uma clareza do que significa “aprender”.
5-    Buscando deles a capacidade de associação, ligando figuras a sons, imagens a textos, músicas a palavras.
6-    Aprimorando seu domínio motor, ensinando a escovar os dentes, arrumar sapatos, usar talheres, ensinando-a a martelar, parafusar, encaixar, arrumar coisas, varrer, pescar em tabuleiros de areia.
7-    Mostrando a diferença das coisas de meninos e de meninas, as profissões de homem de mulher, a riqueza que existe nas diferenças a beleza da diversidade cultural. 
8-    Sempre procurando meios para que eles possam fazer amigos, ensaiando teatrinhos, mostrando relações pertinentes em histórias, aprendendo a aceitar o ganhar e o perder nos jogos que realiza.
Para Piaget (1946), os jogos se dividem em jogos de exercícios, simbólicos, de construção e de regras. Os jogos de exercícios dividem em sensório-motores de exercícios do pensamento e, típicos dos primeiros dezoitos messes, reaparecendo durante toda infância e mostrar-se-iam presentes em atividades lúdicas adultas. Os jogos simbólicos expressam-se através do fantástico mundo do “faz de conta” e da ficção e se estendem do aparecimento da linguagem até por volta dos seis ou sete anos. Os jogos de regras possuem sua regularidade imposta pelo grupo, resulta da sociabilidade necessária, e passam de uma condição motora e egocêntrica para a cooperação e até mesmo codificação.

2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS.
Segundo R.Caillois (1957), os jogos podem ser classificados como jogos de azar, envolvendo a ocasionalidade; jogos competitivos, com desafios pessoais ou em relação aos outros; jogos de vertigem (impor ainda que brevemente estados de pânico a consciência); e jogos de simulação ou ficção quando os objetos e as situações de jogo aparentam condição fora da realidade.
Erikson (1976) estabelece diferenças entre jogos de auto esfera (jogos consigo mesmo no domínio do corpo e suas reações); microesfera (jogos solitários envolvendo objetos); e macro esfera (jogos que envolvem relações interpessoais).
Maudry e Nekula buscam classificar os jogos segundo tipos de interação que favorecem e, dessa forma, falam em jogos solitários (geralmente no primeiro ano de vida); paralelos (entre o segundo e o terceiro anos de vida, com crianças que brincam “ao lado de outras”; de cooperação (quando se organiza e atribui papeis); e grupais que já supõem objetos comuns e não implicam somente em uso coletivo e troca de brinquedos, mas também trocas e fantasias.
Diante de tudo que já vimos podemos afirmar que é grande a variedade de jogos que temos a nossa disposição para fazer da sala de aula um lugar de aprender com prazer, isso não fica restrito somente a sala de aula, mais em qualquer lugar onde pode desenvolver uma atividade lúdica com jogos. Ainda temos os jogos de nomeação quando o professor pergunta: “ O que é isso ”, ou ainda quando os alunos imitam animais e objetos ao responderem à pergunta do professor. “Como é que faz o..? ”, estimulando a atenção da criança ao indagar “Aonde está tal coisa?”; jogos corporais nos quais os alunos respondem com movimentos aos questionamentos relacionados ao seu mundo/vida, as situações presentes em seu dia a dia.

3.    O LÚDICO E OS JOGOS PARA CRINAÇAS EM IDADE ESCOLAR.

Os jogos e o lúdico fazem com quer os alunos dão lugar a aprendizagem de forma prazerosa e dinâmica. Segundo SANTOS, Santa Marli Pires dos. (2011, p. 12)

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não ser vista apenas como divisão. O desenvivenmto do aspecto lúdico facilita a apredizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fertil, facilita os processos de socialização, comunicação, espressão e construção do conhecimento.


Podemo ver que a ludicidade faz parte da nossa vida, nas mais diversas formas de apredizagem, quando aplicamos o brincar e o jogor como uma forma de educar, fazer com que o educando venha compreeder o asssunto proposto de forma dinamica, possamos ver a reação desses para fazer parte do momento, pois isso faz com quer eles se sintam motivados a participar do momento de apredizagem idependete de qual seja a materia, pois uma dinamica, um jogo pode envolver varios assuntos ao mesmo tempo, é isso só faz daquele momento mais rico e contagiante, no qual eles estão aprendendo de forma equilibrada e, conciente.
Ao retorna a historia e a evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. SANTOS, Santa Marli Pires dos. (2011, p. 19). É um fato muito importante o que vivemos nos dias de hoje, onde a criança estar sendo cada vez mais valorizada, tendo o seu espaço na família, na sociedade e também nas políticas públicas, onde podemos ver discussões a respeitos dos pequenos e seus direitos. Hoje a criança não é mais considerada uma miniatura de um adulto, ela hoje tem o seu espaço, espaço esse que foi conquistado com muito esforço. No passado elas eram educadas para um futuro já determinado quando era da classe alta, e quando era da classe baixa, só tinha, valor quando já serviam para o trabalho, ajudar na renda da família.
Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio. SANTOS, Santa Marli Pires dos. (2011, p. 19). É isso foi mudando graças aos estudos desenvolvidos pelos estudiosos da educação, e hoje vimos que o momento do brincar, se tornou um momento muito rico em conhecimento, que faz parte do cotidiano escolar, que fez com que a sociedade escolar nos dias atuais, veja que as atividades lúdicas tem um papel muito importante no desenvolvimento da criança, envolvendo os mesmo em várias areias de suas vidas.
Dentre as contribuições mais importante destes estudos SANTOS, Santa Marli Pires dos. (2011) destaca alguns:
·         As atividades lúdicas possibilitam fomentar a “resiliência”, pois permitem a formação do autoconsciente positivo;
·         As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente;
·         O brinquedo é o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a isenção da criança na sociedade;
·         Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
·         Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações logicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento;
·         Jogo é essencial para a saúde física e mental;
·         O jogo simbólico permite a criança vivenciar do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário.
Portanto devemos valorizar o brincar das crianças, uma atividade por mais espontaria que seja é necessária para o seu desenvolvimento. Nessa perspectiva, o brincar não é uma forma de ocupar o tempo, mas sim uma linguagem que fornece subsídios para a expressão, sendo também um meio de desenvolver habilidades corporais ou cognitivas e de aprender a conhecer, além de propiciar a experimentação de sentimentos, tais como o prazer, a alegria, medo, frustação, entre outros que afloram no ato lúdico.
Para crianças o principal atrativo é o caráter lúdico, conceito por vezes mal compreendido, mais que indica que a prática é divertida é pressupõe uma relação interessante entre os participantes, porém não ficam de fora o compromisso, o esforço, o trabalho e até a frustação. O prazer que proporciona é ligado à superação, a satisfação de ganhar ou de ser melhor que antes.
O lúdico segundo Jean Piaget (1896-1980), faz parte de nossa vida desde o nascimento por meio de diferentes tipos de jogo. O de exercício caracterizado pela participação, e o simbólico, que é o faz de conta, estão muito presentes no cotidiano das crianças desde cedo, além do jogo de regras, que tem papel mais significativo conforme elas ficam maiores. Nem todos os educadores, no entanto, veem os jogos de regras com bons olhos, muitas vezes porque eles geram competição. Para alguns estudiosos a disputa e sem maldade e teve ser incentivada na escola. Porque a palavra competir indica que os componentes se orientam para a mesma direção, que é ganhar. Ambos perseguem um resultado, uma melhor competência, e esse processo implica colaboração, cooperação e respeito mútuo e à regra.
Para RIZZI, L; HAYDT,R.C (1993,p. 12) Existem, portanto, três formas básicas de atividade lúdica que caracterizam a evolução do jogo na criança, de acordo com a fase do desenvolvimento em que aparecem. Mais é preciso salientar que estas três modalidades de atividades lúdica podem coexistir de forma paralela no adulto.
A primeira e o Jogo de exercício sensório-motor, aonde a atividade lúdica surge, primeiramente, sob a forma de simples exercícios motores, dependendo para sua realização apenas da maturação do aparelho motor. A segunda e o Jogo simbólico que no período compreendido entre os 2 e os 6 anos, a tendência lúdica se manifesta, predominantemente, sob a forma de jogo simbólico, isto é, jogo de ficção, ou imaginação, e de imitação. E a terceira e o Jogo de regras, é a terceira forma de atividade lúdica a surgir é o jogo de regras, que começa a se manifestar por volta dos cinco anos, mas se desenvolve principalmente na fase que vai dos 7 as 12 anos, predominando durante toda a vida do indivíduo.
Com todos esses jogos a disposição dos pequenos educando, o papel do Professor frente a tudo isso e muito importante como um canal, para auxiliar a todos nós mementos de decisões ou esclarecimentos das regras, pois crianças de 4 a 6 anos só conseguem seguir regras simples. Muitas vezes ela quebra as regras do jogo, mais não o faz por querer, mais por não entender, pois eles ainda não conseguem compreender todos as regras, neste estágio, a criança não dar muito valor á competição, pois tem uma ideia não muito definida do que seja ganhar e perder, nessa idade as crianças jogam mais pelo simples prazer da atividade. O educador teve sempre procurar meio ou outros jogos para que não venham despertar o sentido de competição acirrada, aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de jogar. A interação social precisa ser incentivada dando-se destaque as atividades de linguagem.
Já no período de 7 a 12 anos, os jogos tornam-se cada vez mais coletivos e menos individualistas, uma vez que a criança já tem noção do que seja cooperação e esforço grupal, e exige regras definidas para regulamentar o jogo. O Educador observa e controla os outros membros do grupo para verificar se estão seguindo adequadamente as regras.


4.    O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DOS JOGOS E O LÚDICO.

Quando o educador manifesta uma atitude de compreensão e aceitação, e quando o clima da sala de aula é de cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmente e tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo normal, decorrente do próprio jogo. O papel do educador é fundamental no sentido de preparar a criança para a competição sadia, na qual impera o respeito e a consideração pelo adversário. O espirito de competição deve ter como tônica o desejo do jogador de superar a si próprio, empenhando-se para aperfeiçoar cada vez mais suas habilidades e destrezas. A situação de jogo deve constituir um estimulo desencadeador do esforço pessoal tendo em vista o auto aperfeiçoamento.
 O educador precisar adotar algumas posturas a fim de alcançar mais eficazmente seus objetivos lúdicos diante dos grupos e dos jogos no qual serão aplicados como:
·         Possibilitar tempo, espaço e materiais para as crianças brincarem livremente.
·         Escutar o que as crianças têm a dizer, fortalecendo seus posicionamentos e autoestima.
·         Fomenta a autonomia durante os conflitos, para estimular o desenvolvimento emocional e o autoconhecimento das crianças.
·         Possibilitar ações físicas que motivem as crianças a ser mentalmente ativas.
·         No caso de brincadeiras dirigidas, propor regras em vez de impô-las assim, as crianças ganham a oportunidade de participar de sua elaboração. As crianças se desenvolvem social e politicamente e devem ter possibilidades de questionar valores morais. As brincadeiras e jogos em grupo dão inúmeras chances de criação e modificação de regras, verificação de efeitos, comprovação de resultados.
·         Proporcionar a troca de ideias para chegar a um acordo sobre as regras. Isso ajuda as crianças a se descentrar de si mesmas, escutar os outros e coordenar pontos de vista diversos.
·          Incentivar a responsabilidade de cada criança quanto ao cumprimento das regras, motivar o desenvolvimento da iniciativa, agilidade e confiança em dizer o que sente e pensa, e prever a criação de sanções, o que torna as crianças mais inventivas.
·         Permitir o julgamento de qual regra deve ser aplicada a cada situação como forma de promover o desenvolvimento da inteligência.
O educando pode intervir eventualmente durante as brincadeiras e os jogos, mas é desejável que deixe a atividade fluir entre as crianças. O Educando tem o papel fundamental dentro do mundo dos jogos e das brincadeiras, ele é uma peça fundamental no decorrer de todo o processor. 
Os jogos, o lúdico e o papel do educador fazem parte de um mundo fantástico que é o brincar, brincadeira essa que leva cada criança ir além da sua imaginação, e faz cada ser por mais pequeno que seja vencer os seus medos e desafios diante de uma dinâmica, que vai levar para um mundo cheio de conhecimentos, no qual eles vão levar para o seu convívio e crescimento intelectual e moral. Ao trabalhar com jogos dentro da sala de aula o educando estará proporcionando aos seus alunos uma chance de viver um momento único, a cada dia, brincando para aprender, e aprender para brincar, tudo isso dentro de um currículo escolar, e muito satisfatória para nos educadores quebrar esse tabu de que brincadeira e perda de tempo deixar de pensar que as crianças não são capazes de aprender brincado, a criança tem capacidade que vai além da nossa imaginação, eles são o futuro do amanhã, eles serão os educadores de um futuro bem próximo. 


REFERENCIAS
·         ANTUNES, Celso. O jogo infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petropolis, RJ: Vozes 2014 fascículo 15.

·         FRIEDMANN, Adriana. O brincar na educação infantil. 1. Ed. São Paulo: Moderna, 2012.

·         LOPES, Maria da Gloria. Jogo na educação: criar, fazer jogos. São Paulo: Cortez, 2000.
·          
·         NISTA-PICOLO, Vilma Lení. Corpo em movimento na educação Infantil. 1. Ed.- São Paulo : Telos, 2012.
·          
·         RIZZI, L; HAYDT,R.C. Atividades lúdicas na educação da criança. São Paulo: Ática, 1994.
·          
·         SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed Petropolis, RJ: vozes, 2002.

·         Revista Nova Escola. Ano XXVIII Nº 260 MARCO 2013.

·         Revista Pátio; educação Infantil. Ano XI abril/ junho de 2013.





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