FACULDADE
EDUCACIONAL DA LAPA-FAEL
TRABALHO
DE CONCLUSÃO DE CURSO II
PRATICA
EDUCATIVA COM JOGOS LÚDICOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS
Paulo
César Nogueira[1]
Profa.
Veridiana Almeida[2]
Aluno do 4º ano de Pedagogia da FAEL.
[2] Doutora em Literatura (UFSC), mestre em Literatura (UFSC) e graduada em Letras (UNICENTRO). Professora da FAEL, níveis graduação e pós-graduação, modalidades presencial e a distância.
RESUMO
Este trabalho trata sobre Os jogos lúdicos e
brincadeiras na educação infantil. Os jogos são de fundamental importância para
uma educação com qualidade em todo o período escolar das crianças,
adolescentes, jovens e porque não dizer também dos adultos, não levando em
consideração a idade ou serie em que estuda, juntando os jogos lúdicos e
brincadeiras pode se desenvolver uma aula com qualidade, te grande
aproveitamento, pois essas ferramentas são indispensáveis dentro e fora da sala
de aula. A criança sempre brincou, e a brincadeira sempre fez parte da vida dos
pequenos, independentemente das regiões, lugares, povos ou cultura, a brincadeira
e os jogos sempre estiveram presentes, os jogos também estimulam o crescimento
e a aprendizagem e ajuda na relação entre duas ou mais pessoas, pois é jogando
que se aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial, jogar e
plenamente viver, viver com qualidade, aprender com prazer, descobrir o mundo
através do jogo, do brincar. Aprender jogando e brincando e fazer de um simples
momento coisas lindas e belas para a vida.
PALAVRAS-CHAVE: Pratica
educativa com jogos, brincadeiras, tipos de jogos, exercícios.
1.
INTRODUÇÃO
Pratica
educativa com jogos lúdicos para crianças, é um meio de ensino que mesmo nos
dias atuais traz muitas indagações e nos leva a pensar de várias formas, essas
práticas podem auxiliar, colaborar e fazer parte dos planos de aulas dos
professores. Os Jogos, as brincadeiras, as músicas infantis ou de rodas, os
desenhos juntos com a ludicidade leva as crianças a outra dimensão, dimensão
essa que somente mergulhando nesse mundo tão fantástico para perceber a
importância que essa pratica de ensino traz para as nossas crianças de todas as
idades, sem exceção e até mesmo para os adultos. Os jogos para a criança é o
exercício, é a preparação para a vida adulta, a criança aprende brincando, pois
é o exercício que a faz desenvolver suas potencialidades, coisas que eles vão
vivenciar hoje e levar para a vida adulta, como exemplo.
Para
LOPES, Maria da Gloria (2000, p. 35). Os educadores se ocuparam durante muitos
anos com os métodos de ensino, e hoje a preocupação está sendo em descobrir
como a criança aprende e se os métodos que utilizamos são realmente eficazes,
pois as metodologias podem ser ineficazes se não forem adequadas ao modo de
aprender da criança. A criança sempre brincou a brincadeira sempre esteve
presente na vida dos pequenos desde muito sedo, independente da civilização ou
época o modo de brinca sempre estar presente na vida do ser humano, é uma coisa
natural, porque não utilizar o brincar para se educar? Se quando eles estão
brincando eles estão aprendendo, então temos a possibilidade de melhorar esse
conhecimento, deixando mais atrativo e mais prazeroso, chamando a atenção dos
pequenos para atividades que possa envolvê-los no brincar, jogar e no
conhecimento de forma lúdica.
Pratica
educativa com jogos é um meio pelo qual o educador vem trabalhando e moldando
seus conhecimentos para um melhor desenvolvimento dessa técnica, que de forma
surpreendente vem cada vez mais ganhando espaço no ambiente escolar, pois já
são conhecidos muitos benefícios de certos jogos. Porém é importante que o
educador, ao utilizar um jogo, tenha definido os objetivos a ser alcançados e
saiba escolher os jogos adequados ao momento educativo. Para que de certa
forma, esses jogos possam ter um real sentido para a criança, que não se torne
somente mais um momento qualquer, mais que seja tudo bem planejado, estudado
para que o educando venha aprender brincando. Às vezes os jogos apresentados
para a criança venha já ser conhecido pelos mesmos, principalmente na idade
entre as 4 e 6 anos, só que a diferença vai estar na dinâmica, no que estar
envolvido esse jogo, qual a sua finalidade.
1.
A CRIANÇA DE 06 ANOS
E OS JOGOS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO.
“Com
objetivos claros, cada atividade de preparação e confecção de um jogo é um
trabalho rico que pode integrar as diferentes áreas do desenvolvimento infantil
dentro de um processo vivencial” (LOPES, Maria da Gloria 2000, p. 36)
Com
isso as atividades sempre vão ter um norte, um rumo a ser seguido, um público
alvo a ser alcançado principalmente quando se tem a oportunidade de fazer a
confecção desses jogos com os próprios jogadores, isso traz para o jogo uma
riqueza de detalhes muito importante, com muito mais aprendizados, pois eles
vão estar fazendo todo o acompanhamento e sabendo desde os materiais que estão
sendo usados, as formas para cada brinquedo, até mesmo a história de cada um,
se no caso for mais de um brinquedo que estar sendo confeccionado no momento da
aula. Uma aula dessa natureza é algo que os pequenos vão lembrar para sempre,
principalmente sendo com um público com idade de 6 anos, pois é uma idade de
muita observação em tudo, em cada detalhe. Vivemos em uma sociedade em que
atualmente os pais já levam para os seus filhos brinquedos prontos, no qual a
criança nunca vai saber como aquele brinquedo que ela tem foi feito, muitas
vezes não se tem nem a informação de qual material foi usado para a sua
fabricação, como no caso dos brinquedos eletrônicos, que muitos as vezes não
trazem nem um tipo de conhecimento que possa contribuir para o desenvolvimento
da criança.
Ainda
conforme falar LOPES, Maria da Gloria (2000, p. 37) A oferta de brinquedos
eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos a disposição no mercado
desmerecem o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo
consumo exacerbado. Isso leva a criança logo sedo a se desfazer de seus
brinquedos, depois de um período esse brinquedo perde o sentido para a criança,
fazendo com que ela vá sempre atrás de novos, assim cumprindo o objetivo do
mercado do consumismo. Mais quando esse brinquedo e fruto do seu esforço, ele
desenvolve o potencial da criança e faz ela sempre ir mais além com a sua
imaginação fértil e inovadora, provando para ela mesma de que sempre e capaz. A
criança quando estar na idade entre 4 e 6 anos sempre gosta de desafios, o
momento da confecção do seu jogo é um momento magico, em que a gente ver nos
olhos deles o prazer por estar fazendo o seu próprio brinquedo, que eles podem
dizer para todos que foi ele mesmo que fez, e o que ele confeccionou hoje, não
vai querer fazer amanhã o mesmo, já vai em busca de algo novo, a criança sempre
estar em constante desafios, e eles gostam de desafiar a se mesmo, e com a
ajudar do professor tudo dar certo.
1.2 A CRIANÇA DE 06 ANOS É O IMAGINÁRIO.
Para ANTUNES, Celso (2014, p.9). Os jogos
estimulam o crescimento e aprendizagem e seriam melhor definidos se
afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos.
Ainda que esse sujeito seja imaginário, ele faz parte do brincar da criança,
pois uma criança mesmo fora do ambiente escolar, dentro de seu quarto ou mesmo
em outro lugar nunca vai estar brincando ou jogando sozinho, ela sempre vai
estar usando o seu imaginário, e isso
faz parte do seu desenvolvimento, pois uma só criança pode assumir vários papes
ao mesmo tempo, ela pode ser uma medica, depois pode ser um professor(a), um
motorista e etc. Em uma entrevista a Revista Nova Escola o filósofo francês
Gilles Brougère fala sobre o aprendizado do brincar, e destaca o faz de conta
como uma das principais característica, para ele, a primeira característica é a que se refere ao faz de
conta. É o que ele chama de segundo grau. Toda brincadeira começa com uma
referência a algo que existe de verdade. Depois, essa realidade é transformada
para ganhar outro significado. A criança assume um papel num mundo alternativo,
onde as coisas não são de verdade, pois existe um acordo que diz "não
estamos brigando, mas fazendo de conta que estamos lutando”. São vastos
os meios pelos quais as crianças encontram para ir sempre além de um simples
brincar ou jogar. “Jogos bem organizados ajudam a criança a construir novas
descobertas, a desenvolver e enriquecer sua personalidade, e é jogando que se
aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial” (ANTUNES, Celso 2014,
p. 11) uma boa organização e indispensável para uma compreensão mais clara e
objetiva dos jogos, ajuda a criança dando mais clareza, dessa maneira tudo vai
fluir de forma mais compreensiva, a vida tem muito a oferecer, a ser descoberto,
e porque não viver tudo isso de maneiro prazerosa e dinâmica? Como o próprio
Antunes Celso diz: “jogar é plenamente viver”. Viver com qualidades, aprender
com prazer, descobrir o mundo através do jogo, do brincar.
A
contribuição dos jogos no desenvolvimento das crianças é algo que vai muito
além da nossa capacidade de compreender, de formalizar opiniões, sendo que cada
ser, por mais pequeno que seja tem uma maneira peculiar de entender a vida e o
que estão ao seu redor, a criança que tem sua vida escolar bem desenvolvida
sempre vai além, vai em busca de novos jogos. Diante de um jogo, crianças e
adolescentes dão o melhor de si, eles planejam, pensam em estratégias, agem,
analisam e antecipam o passo do adversário, observam o erro dele, torcem,
comemoram, ou lamentam a perda e propõem uma nova partida. Tudo isso faz dele
um grande recurso de muito valor, que pode fazer parte das aulas com dois
objetivos: ensinar um conteúdo ou simplesmente ensinar a jogar. É isso depende
muito de quem vai aplicar o jogo, no caso o professor. Temos que compreender
que o jogar e o brincar não é somente uma forma de ocupar o tempo, mas sim uma
linguagem que fornece subsídios para a expressão, sendo também um meio de
desenvolver habilidades corporais ou cognitivas e de aprender a conhecer, além
de propiciar a experimentação de sentimentos, tais como o prazer, a alegria,
medo, frustação, entre outros que afloram no ato lúdico.
1.3 OS VÁRIOS TIPOS DE JOGOS PARA CRIANÇAS
DE 06 ANOS.
Os
jogos permitem trabalhar diversas aprendizagens, como conciliar interesses com
os colegas e enfrentar dificuldades. Um bom jogo leva sempre os seus
participantes a se desafiar, dessa forma permitindo a interação entre eles os
participantes e mostrar a eles se alcançaram seu objetivo com ou sem a indicação
do professor, as vezes o jogo leva a criança a usar o seu potencial de tal
forma que o mesmo as vezes dispensar a ajuda do professor ou de outros colegas,
é isso acontece que o aluno estar totalmente envolvido com o lúdico e o jogo.
LOPES, Maria da Gloria ( 2000, p.23)
falar que .
O
jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o
interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo, e a confecção
dos próprios jogos é ainda muito mais emocionante do que apenas jogar. A nossa
cultura e repleta de jogos, os jogos fazem parte do nosso país deste muito
tempo, e são vários os tipos de jogos que são considerados esportes como é o
casso do nosso futebol, e através dessa relação para o futebol Scaglia (2005,
p. 121) mostra que:
Se o futebol um dia
foi jogado/brincadeira, e alguns jogos/brincadeiras de bola com os pés lembram
o futebol, logo querer analisar tal simbiose e complexidade deve justificar-se
na cabal inferência de encontrar um no outro, ao mesmo tempo em que possa
distingui-lo entre si, entrevendo profícuas características de
complementaridade. Quero dizer que o futebol existe nos outros
jogos/brincadeiras com bola e outro jogo/brincadeiras existem no futebol,
porém, cada qual mantém a sua autonomia e irredutibilidade, ao mesmo tempo em
que estabelecem vínculos de dependência mútua (não se excluem).
Já
nesse momento podemos ver a importância do jogo para a criança na educação
infantil. Pois mesmo o jogo assumindo o status de esporte, nunca deixa de ser
um jogo, pois nessa brincadeira de rebater a bola com os pés, pode se encontra
o futebol, e que no futebol encontramos a brincadeira jogo de rebater com os
pés. Freire (2002, p. 10) já nos alertava que a procura pelo jogo é tão grande
como a procura pela comida, dessa forma constituindo uma necessidade básica um
alimento, para o autor o tempo de brincar nunca passa. Estamos sempre em busca
de novos desafios, dentro do aprender, do jogar isso se torna mais
interessante, quem não gosta de brincar, quem não gosta de jogar? Utilizar o
jogo como instrumento do ato educativo é oferecer á criança uma forma de
aprendizado sem cansaço, uma maneira que eles fazem, e fazem não se verem
obrigados a fazer, mais vão fazer e aprender porque eles querem, e isso é
importante para uma educação cada vez mais com qualidade.
Sabemos
que a fadiga e o cansaço são uns dos vilões do desinteresse pelos estudantes,
principalmente quando estão na faixa etária entre 6 e 8 anos de idade, quando
isso acontece ai é um bom momento para fazer uma inovação na metodologia de ensino, utilizando
jogos que vão estar chamando a atenção e compreensão de todos.
É grande a variedade de jogos, que temos a
disposição para termos sempre aulas mais dinâmicas, e deixa os alunos sempre
com o gostinho de quero mais. Para RIZZI, L; HAYDT,R.C. ( 1993, p. 10) Os jogos
podem ser classificados de diferentes
formas, de acordo com o critério adotado . Vários são os autores que se dedicam
ao estudo do jogo, tentando explicar sua origem e apresentando uma alternativa
de classificação. Entre eles podemos citar: Henri Wallon, Roger Caillois,
Claparede, Karl Groos, Grandjouan, Quérat, Stern, Bühler e Jean Piaget.
Claparede e Groos adotaram como critério
classificatório a função, e a dividem os jogos em duas grandes categorias, que
comportam várias subdivisões.
1- Jogos
de experimentação ou jogos de funções gerais:
1.1.
Jogos sensoriais (assobios, gritos etc.);
1.2.
Jogos motores (bolas, corridas etc.);
1.3.
Jogos intelectuais (imaginação e
curiosidade);
1.4.
Jogos afetivos (amor, sexo);
1.5.
Exercícios da vontade (sustentar uma posição difícil
o máximo de tempo possível).
2- Jogos
de funções especiais: jogos de luta, perseguição, cortesia, imitação, os jogos
sociais e familiares.
Quérat adota como critério
classificatório a origem dos jogos e os divide em três categorias:
1- Jogos
de hereditariedade (sob esta designação o autor inclui as lutas e
perseguições).
2- Jogos
de imitação.
3- Jogos
de imitação:
3.1 as metamorfoses de
objetos;
3.2 as vivificações de
brinquedos;
3.3 as criações de
brinquedos imaginários;
3.4 as transformações de
personagens;
3.5 a representação de
histórias e contos.
Stern
adota como critério a descrição estrutural dos jogos e os classifica em duas
grandes categorias que incluem subdivisões:
1- Jogos
individuais:
1.1.
Conquista do corpo (jogos motores que
utilizam o próprio corpo como instrumento);
1.2.
Conquista das coisas (jogos motores de
destruição e construção de objetos);
1.3.
Metamorfose de pessoas e coisas (jogos de
interpretação).
2- Jogos
sociais:
2.1.
Jogos de imitação simples;
2.2.
Jogos de papéis complementares (como, por exemplo, mãe e filho, professor e
aluno etc.);
2.3. Jogos combativos (jogos competitivos, de
emulação).
Bühler
adota o critério estrutural (o mesmo de Stern) e divide os jogos em cinco
classes:
1- Jogos
funcionais ou sensórios-motores.
2- Jogos
de ficção ou de ilusão.
3- Jogos
receptivos (sob esta designação estão incluídas a audição de histórias e a
observação de imagens).
4- Jogos
de construção.
5- Jogos
coletivos.
ANTUNES,
Celso (2014, p.22). Diz que foi no trabalho imperador de Bühler que também
surgiram algumas categorias específicas como: Jogos funcionais para bebês, que
estimula a criança na coordenação motora como bater palmas, dar até logo,
identificar certos objetos e estimular funções sensoriais. Para o segundo ano
de vida do bebe ele propunha os jogos ficcionais onde envolve as histórias e a
fantasia, o faz de conta em que as crianças atribui a si ou aos objetos um
determinado papel. Os vídeos ou desenhos na TV podem também ajudar a criança
para que depois ela venha explorar suas falas e suas histórias e atribuindo aos
outros os papéis que vive e sente
2.
OS
JOGOS E OS SEUS BENEFÍCIOS PARA CRIANÇAS DE 06 ANOS.
Os
jogos receptivos, onde o adulto interage com a criança, estimulando a sua fala
e as suas reflexões, mostrando lhes também a distância entre o dizer e o falar,
o olhar e o ver, o ouvir e o escutar. Quando a criança chega aos três ou quatro
anos de idade tem mais destaque os jogos construtivos, brincadeiras com blocos,
desenhos, areia ou outros materiais naturais. É uma fase em que pode ser
explorada a sensibilidade e as linguagens naturais da criança. Aparte dos quatro anos chegando até os seis.
Gostam muito dos jogos com regras, que vão desde brincadeiras em grupo, como
também alguns brinquedos que eles podem explorara princípios éticos e valores
morais.
(ANTUNES
2014). Em qualquer idade e em vários tipos de jogos o acompanhamento do
professor, pode ajudar a criança em alguma dificuldade e também na sua
formação. Podemos destacar alguns:
1- Na
historicidade, em seu vocabulário fazendo os mesmo a compreender os termos de
passado, presente e futuro.
2- Fazendo
com que eles desenvolvam o seu pensamento logico, associando quantidade a
numeração e evoluindo, e o conceito de muito, pouco, grande, pequeno.
3- Ampliando
sua linguagem, para que eles vão em busca de novas alternativas como frases,
cores, figuras, cantos, mímicas, colagens etc. desta forma eles possam expor
seus pensamentos.
4- Fazer
com que eles pensem, propondo questões interrogativas para que assim venham a
falar de coisas reais é imaginaria e, dessa forma eles podem tem uma clareza do
que significa “aprender”.
5- Buscando
deles a capacidade de associação, ligando figuras a sons, imagens a textos,
músicas a palavras.
6- Aprimorando
seu domínio motor, ensinando a escovar os dentes, arrumar sapatos, usar
talheres, ensinando-a a martelar, parafusar, encaixar, arrumar coisas, varrer,
pescar em tabuleiros de areia.
7- Mostrando
a diferença das coisas de meninos e de meninas, as profissões de homem de
mulher, a riqueza que existe nas diferenças a beleza da diversidade
cultural.
8- Sempre
procurando meios para que eles possam fazer amigos, ensaiando teatrinhos,
mostrando relações pertinentes em histórias, aprendendo a aceitar o ganhar e o
perder nos jogos que realiza.
Para
Piaget (1946), os jogos se dividem em jogos de exercícios, simbólicos, de
construção e de regras. Os jogos de exercícios dividem em sensório-motores de
exercícios do pensamento e, típicos dos primeiros dezoitos messes, reaparecendo
durante toda infância e mostrar-se-iam presentes em atividades lúdicas adultas.
Os jogos simbólicos expressam-se através do fantástico mundo do “faz de conta”
e da ficção e se estendem do aparecimento da linguagem até por volta dos seis
ou sete anos. Os jogos de regras possuem sua regularidade imposta pelo grupo,
resulta da sociabilidade necessária, e passam de uma condição motora e
egocêntrica para a cooperação e até mesmo codificação.
2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS
JOGOS.
Segundo
R.Caillois (1957), os jogos podem ser classificados como jogos de azar, envolvendo
a ocasionalidade; jogos competitivos, com desafios pessoais ou em relação aos
outros; jogos de vertigem (impor ainda que brevemente estados de pânico a
consciência); e jogos de simulação ou ficção quando os objetos e as situações
de jogo aparentam condição fora da realidade.
Erikson
(1976) estabelece diferenças entre jogos de auto esfera (jogos consigo mesmo no
domínio do corpo e suas reações); microesfera (jogos solitários envolvendo
objetos); e macro esfera (jogos que envolvem relações interpessoais).
Maudry
e Nekula buscam classificar os jogos segundo tipos de interação que favorecem
e, dessa forma, falam em jogos solitários (geralmente no primeiro ano de vida);
paralelos (entre o segundo e o terceiro anos de vida, com crianças que brincam
“ao lado de outras”; de cooperação (quando se organiza e atribui papeis); e
grupais que já supõem objetos comuns e não implicam somente em uso coletivo e
troca de brinquedos, mas também trocas e fantasias.
Diante
de tudo que já vimos podemos afirmar que é grande a variedade de jogos que
temos a nossa disposição para fazer da sala de aula um lugar de aprender com
prazer, isso não fica restrito somente a sala de aula, mais em qualquer lugar
onde pode desenvolver uma atividade lúdica com jogos. Ainda temos os jogos de
nomeação quando o professor pergunta: “ O que é isso ”, ou ainda quando os
alunos imitam animais e objetos ao responderem à pergunta do professor. “Como é
que faz o..? ”, estimulando a atenção da criança ao indagar “Aonde está tal
coisa?”; jogos corporais nos quais os alunos respondem com movimentos aos
questionamentos relacionados ao seu mundo/vida, as situações presentes em seu
dia a dia.
3.
O
LÚDICO E OS JOGOS PARA CRINAÇAS EM IDADE ESCOLAR.
Os
jogos e o lúdico fazem com quer os alunos dão lugar a aprendizagem de forma
prazerosa e dinâmica. Segundo SANTOS, Santa Marli Pires dos. (2011, p. 12)
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer
idade e não ser vista apenas como divisão. O desenvivenmto do aspecto lúdico
facilita a apredizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora
para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fertil, facilita os
processos de socialização, comunicação, espressão e construção do conhecimento.
Podemo ver que a ludicidade faz parte da nossa vida, nas
mais diversas formas de apredizagem, quando aplicamos o brincar e o jogor como
uma forma de educar, fazer com que o educando venha compreeder o asssunto
proposto de forma dinamica, possamos ver a reação desses para fazer parte do
momento, pois isso faz com quer eles se sintam motivados a participar do
momento de apredizagem idependete de qual seja a materia, pois uma dinamica, um
jogo pode envolver varios assuntos ao mesmo tempo, é isso só faz daquele
momento mais rico e contagiante, no qual eles estão aprendendo de forma
equilibrada e, conciente.
Ao retorna a historia e a evolução do homem na sociedade,
vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. SANTOS,
Santa Marli Pires dos. (2011, p. 19). É um fato muito importante o que vivemos
nos dias de hoje, onde a criança estar sendo cada vez mais valorizada, tendo o
seu espaço na família, na sociedade e também nas políticas públicas, onde
podemos ver discussões a respeitos dos pequenos e seus direitos. Hoje a criança
não é mais considerada uma miniatura de um adulto, ela hoje tem o seu espaço,
espaço esse que foi conquistado com muito esforço. No passado elas eram
educadas para um futuro já determinado quando era da classe alta, e quando era
da classe baixa, só tinha, valor quando já serviam para o trabalho, ajudar na
renda da família.
Os
jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade
desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como
fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio. SANTOS, Santa Marli
Pires dos. (2011, p. 19). É isso foi mudando graças aos estudos desenvolvidos
pelos estudiosos da educação, e hoje vimos que o momento do brincar, se tornou
um momento muito rico em conhecimento, que faz parte do cotidiano escolar, que
fez com que a sociedade escolar nos dias atuais, veja que as atividades lúdicas
tem um papel muito importante no desenvolvimento da criança, envolvendo os
mesmo em várias areias de suas vidas.
Dentre
as contribuições mais importante destes estudos SANTOS, Santa Marli Pires dos.
(2011) destaca alguns:
·
As atividades lúdicas possibilitam fomentar a
“resiliência”, pois permitem a formação do autoconsciente positivo;
·
As atividades lúdicas possibilitam o
desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança
se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente;
·
O brinquedo é o jogo são produtos de cultura
e seus usos permitem a isenção da criança na sociedade;
·
Brincar é uma necessidade básica assim como é
a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
·
Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento
físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a
criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações logicas,
desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a
agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento;
·
Jogo é essencial para a saúde física e
mental;
·
O jogo simbólico permite a criança vivenciar
do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário.
Portanto
devemos valorizar o brincar das crianças, uma atividade por mais espontaria que
seja é necessária para o seu desenvolvimento. Nessa perspectiva, o brincar não
é uma forma de ocupar o tempo, mas sim uma linguagem que fornece subsídios para
a expressão, sendo também um meio de desenvolver habilidades corporais ou
cognitivas e de aprender a conhecer, além de propiciar a experimentação de
sentimentos, tais como o prazer, a alegria, medo, frustação, entre outros que
afloram no ato lúdico.
Para
crianças o principal atrativo é o caráter lúdico, conceito por vezes mal
compreendido, mais que indica que a prática é divertida é pressupõe uma relação
interessante entre os participantes, porém não ficam de fora o compromisso, o
esforço, o trabalho e até a frustação. O prazer que proporciona é ligado à
superação, a satisfação de ganhar ou de ser melhor que antes.
O
lúdico segundo Jean Piaget (1896-1980), faz parte de nossa vida desde o
nascimento por meio de diferentes tipos de jogo. O de exercício caracterizado
pela participação, e o simbólico, que é o faz de conta, estão muito presentes
no cotidiano das crianças desde cedo, além do jogo de regras, que tem papel
mais significativo conforme elas ficam maiores. Nem todos os educadores, no
entanto, veem os jogos de regras com bons olhos, muitas vezes porque eles geram
competição. Para alguns estudiosos a disputa e sem maldade e teve ser
incentivada na escola. Porque a palavra competir indica que os componentes se
orientam para a mesma direção, que é ganhar. Ambos perseguem um resultado, uma melhor
competência, e esse processo implica colaboração, cooperação e respeito mútuo e
à regra.
Para
RIZZI, L; HAYDT,R.C (1993,p. 12) Existem, portanto, três formas básicas de
atividade lúdica que caracterizam a evolução do jogo na criança, de acordo com a
fase do desenvolvimento em que aparecem. Mais é preciso salientar que estas
três modalidades de atividades lúdica podem coexistir de forma paralela no
adulto.
A
primeira e o Jogo de exercício sensório-motor, aonde a atividade lúdica surge,
primeiramente, sob a forma de simples exercícios motores, dependendo para sua
realização apenas da maturação do aparelho motor. A segunda e o Jogo simbólico
que no período compreendido entre os 2 e os 6 anos, a tendência lúdica se
manifesta, predominantemente, sob a forma de jogo simbólico, isto é, jogo de
ficção, ou imaginação, e de imitação. E a terceira e o Jogo de regras, é a
terceira forma de atividade lúdica a surgir é o jogo de regras, que começa a se
manifestar por volta dos cinco anos, mas se desenvolve principalmente na fase
que vai dos 7 as 12 anos, predominando durante toda a vida do indivíduo.
Com
todos esses jogos a disposição dos pequenos educando, o papel do Professor
frente a tudo isso e muito importante como um canal, para auxiliar a todos nós
mementos de decisões ou esclarecimentos das regras, pois crianças de 4 a 6 anos
só conseguem seguir regras simples. Muitas vezes ela quebra as regras do jogo,
mais não o faz por querer, mais por não entender, pois eles ainda não conseguem
compreender todos as regras, neste estágio, a criança não dar muito valor á
competição, pois tem uma ideia não muito definida do que seja ganhar e perder,
nessa idade as crianças jogam mais pelo simples prazer da atividade. O educador
teve sempre procurar meio ou outros jogos para que não venham despertar o
sentido de competição acirrada, aproveitando essa disposição natural da criança
para jogar pelo simples prazer de jogar. A interação social precisa ser
incentivada dando-se destaque as atividades de linguagem.
Já
no período de 7 a 12 anos, os jogos tornam-se cada vez mais coletivos e menos
individualistas, uma vez que a criança já tem noção do que seja cooperação e
esforço grupal, e exige regras definidas para regulamentar o jogo. O Educador
observa e controla os outros membros do grupo para verificar se estão seguindo
adequadamente as regras.
4.
O
PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DOS JOGOS E O LÚDICO.
Quando
o educador manifesta uma atitude de compreensão e aceitação, e quando o clima
da sala de aula é de cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura
emocionalmente e tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder
como algo normal, decorrente do próprio jogo. O papel do educador é fundamental
no sentido de preparar a criança para a competição sadia, na qual impera o
respeito e a consideração pelo adversário. O espirito de competição deve ter
como tônica o desejo do jogador de superar a si próprio, empenhando-se para
aperfeiçoar cada vez mais suas habilidades e destrezas. A situação de jogo deve
constituir um estimulo desencadeador do esforço pessoal tendo em vista o auto
aperfeiçoamento.
O educador precisar adotar algumas posturas a
fim de alcançar mais eficazmente seus objetivos lúdicos diante dos grupos e dos
jogos no qual serão aplicados como:
·
Possibilitar tempo, espaço e materiais para
as crianças brincarem livremente.
·
Escutar o que as crianças têm a dizer,
fortalecendo seus posicionamentos e autoestima.
·
Fomenta a autonomia durante os conflitos,
para estimular o desenvolvimento emocional e o autoconhecimento das crianças.
·
Possibilitar ações físicas que motivem as
crianças a ser mentalmente ativas.
·
No caso de brincadeiras dirigidas, propor
regras em vez de impô-las assim, as crianças ganham a oportunidade de
participar de sua elaboração. As crianças se desenvolvem social e politicamente
e devem ter possibilidades de questionar valores morais. As brincadeiras e
jogos em grupo dão inúmeras chances de criação e modificação de regras,
verificação de efeitos, comprovação de resultados.
·
Proporcionar a troca de ideias para chegar a
um acordo sobre as regras. Isso ajuda as crianças a se descentrar de si mesmas,
escutar os outros e coordenar pontos de vista diversos.
·
Incentivar a responsabilidade de cada criança
quanto ao cumprimento das regras, motivar o desenvolvimento da iniciativa,
agilidade e confiança em dizer o que sente e pensa, e prever a criação de
sanções, o que torna as crianças mais inventivas.
·
Permitir o julgamento de qual regra deve ser
aplicada a cada situação como forma de promover o desenvolvimento da
inteligência.
O
educando pode intervir eventualmente durante as brincadeiras e os jogos, mas é
desejável que deixe a atividade fluir entre as crianças. O Educando tem o papel
fundamental dentro do mundo dos jogos e das brincadeiras, ele é uma peça
fundamental no decorrer de todo o processor.
Os
jogos, o lúdico e o papel do educador fazem parte de um mundo fantástico que é
o brincar, brincadeira essa que leva cada criança ir além da sua imaginação, e
faz cada ser por mais pequeno que seja vencer os seus medos e desafios diante
de uma dinâmica, que vai levar para um mundo cheio de conhecimentos, no qual
eles vão levar para o seu convívio e crescimento intelectual e moral. Ao
trabalhar com jogos dentro da sala de aula o educando estará proporcionando aos
seus alunos uma chance de viver um momento único, a cada dia, brincando para
aprender, e aprender para brincar, tudo isso dentro de um currículo escolar, e
muito satisfatória para nos educadores quebrar esse tabu de que brincadeira e
perda de tempo deixar de pensar que as crianças não são capazes de aprender
brincado, a criança tem capacidade que vai além da nossa imaginação, eles são o
futuro do amanhã, eles serão os educadores de um futuro bem próximo.
REFERENCIAS
·
ANTUNES,
Celso. O jogo infantil: falar e dizer,
olhar e ver, escutar e ouvir. Petropolis, RJ: Vozes 2014 fascículo 15.
·
FRIEDMANN,
Adriana. O brincar na educação infantil.
1. Ed. São Paulo: Moderna, 2012.
·
LOPES,
Maria da Gloria. Jogo na educação:
criar, fazer jogos. São Paulo: Cortez, 2000.
·
·
NISTA-PICOLO,
Vilma Lení. Corpo em movimento na
educação Infantil. 1. Ed.- São Paulo : Telos, 2012.
·
·
RIZZI,
L; HAYDT,R.C. Atividades lúdicas na
educação da criança. São Paulo: Ática, 1994.
·
·
SANTOS,
Santa Marli Pires dos. O lúdico na
formação do educador. 5 ed Petropolis, RJ: vozes, 2002.
·
Revista
Nova Escola. Ano XXVIII Nº 260 MARCO 2013.
·
Revista
Pátio; educação Infantil. Ano XI abril/ junho de 2013.
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